sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

5º Convenção de Tattoo da Bahia - Headhunter D.C. & Matanza


Salvador reuniu amantes de tatuagens e rock entre os dias 27 e 28 de novembro para a 5ª edição da Convenção de Tatuagem da Bahia, que aconteceu novamente no Cais Dourado.
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Sábado não é dia de ficar em casa, e sabendo que estava acontecendo a 5º Convenção de Tattoo, me dirigi para o Cais Dourado, na calçada. Em mais uma edição, novamente fui fazer a cobertura do evento, desta vez para o Blog, já que na 3º Edição, que aconteceu no Clube do Baneb, fiz a Cobertura Oficial em vídeo para a organização do evento.


Devidamente credenciado, fui fazer o reconhecimento dos stands e tatuadores e também da área. Esta edição trouxe algumas novidades, como: Exposição de Harley-Davidson e Concurso de Miss Tattoo - eleição da mais bela mulher tatuada.

Já passava das 22:00hrs, quando a 1º atração da noite subiu ao palco. A Headhunter D.C, um dos grandes expoentes do Death Metal nacional, veio para mostrar mais uma vez seu Brutal Death Metal. Focado na turnê de seu último álbum “God’s Spreading Cancer…”, recentemente reeditado pela Ibex Moon Records na América do Norte, turnê essa que já abrangeu quase todo o Brasil e alguns países da América do Sul, como Chile, Peru e Bolívia, porém, como sempre, fez um apanhado de todos os álbuns e uma homenagem especial ao Death, um importantíssimo nome para a história do Death Metal mundial, que agradou a todos os verdadeiros deathbangers presentes. Essa foi a segunda vez que a Headhunter tocou na Convenção.


Após um curto intervalo, Chegava então a hora da grande atração da noite e mais pedida nas comunidades de tattoo de salvador, o Matanza, subir ao palco. Aos primeiros riffs de guitarra de Donida, o público já estava delirando. O Cais virou um verdadeiro pandemônio! Em frente ao palco e até quase metade da casa foi formada uma “"walls of death" gigante. Para aqueles que não queriam “agitar” e apenas ver o show restou ficar observando o show um pouco mais de trás. Enquanto isso a galera da frente era regida pelo “maestro” e vocalista Jimmy junto com o resto da banda. “Puta que pariu Salvador!”, berrava Jimmy. 

O repertório foi totalmente devastador, com seqüencias matadoras que não deixavam a galera ficar parada. Músicas de todos os cds estiveram presentes, numa prévia do que está vir no próximo lançamento da banda. Um dos momentos mais marcantes do shows, se é que é possível citar apenas um, foi ao anunciar a música “"Pé na porta, soco na cara"”, uma das músicas mais conhecidas da banda. Jimmy avisa que não agüenta mais cantar essa canção e pede para que o público o ajude a cantar. A platéia não faz feio e canta em coro.


Com “Matarei“, “O chamado do Bar“, “Meio psicopata” e “Eu não bebo mais“.. todos os presentes cantavam e pulavam sem brigas e gastando toda energia. Algumas paradas de conversa e a banda emenda “O ultimo bar“, “Clube dos Canalhas“, “Bebe arrota e peida“, “Bom é quando faz mal” e “Eu Não Gosto de Ninguém“. Ainda teve tempo para “Maldito hippie sujo“, “Ela roubou meu caminhão” e “A arte do insulto“. Infelizmente nunca saberei a ordem exata das músicas.. afinal.. nós estamos todos bêbados; bêbados de cair / e todos que não estiverem bêbados; que dêem o fora daqui…



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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Black Eyed Peas - Live In Salvador 2010


Megashow do Black Eyed Peas empolga público em Salvador 
Ainda que muitos tenham duvidado, a banda americana “The Black Eyed Peas” conseguiu atrair, em plena noite de terça-feira (19/10/2010), uma multidão de fãs e admiradores ao Parque de Exposições, na Avenida Paralela.
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Na terça-feira (19/10/2010), era quase de noite quando parti para o show do Black Eyed Peas em Salvador. Ao chegar no Parque de Exposições, achei que o local estava vazio – esperava-se quarenta mil espectadores – mas, aos poucos, o público foi chegando – totalizou-se, porém, em 35 mil pessoas. 

Fergie, Will.i.am, Taboo e Apl.de.ap não só apresentaram os hits já conhecidos pelo público, como trouxeram a Salvador a megaestrutura da turnê The Energy Never Dies, baseada no álbum “The End”. Elevadores, palco giratório, telões, batidas eletrônicas e efeitos especiais formaram o clima ideal para não deixar ninguém parado.


Já passava das 23h, quando os elevadores que seriam usados por Michael Jackson na turnê “This Is It” funcionaram e trouxeram a primeira imagem de Apl.de.Ap, Taboo, Fergie e Will.I.Am no palco. Quando o BEP tomou conta do palco, a energia de todos se elevou exponencialmente: era Let’s Get Started, o primeiro de muitos hits que seriam executados naquela noite. Câmeras fotográficas e filmadoras disputavam espaço nas três primeiras músicas do show, as únicas em que eram permitidos registros profissionais.

Rock That Body, a segunda música da superprodução, contou com a ajuda das dançarinas do grupo, da iluminação com trezentos refletores, cento e sessenta e oito peças de video screen e oito projetores de vídeo. Não tinha como piscar os olhos diante de um espetáculo deste tamanho. Nós, público, enlouquecidos com tanta luz e efeitos visuais, contribuíamos gritando forte cada sílaba das letras. Essa “solidariedade” foi contínua em cada hit que se tocava: Meet Me Halfway, Don’t Phunk With My Heart, Imma Be, My Humps, Hey Mama


E se o objetivo era animar geral, Will.i.am chegou a trocar o microfone pelas pick ups, após ser elevado à altura de seis metros por um elevador escondido no palco. Nesta hora, valeu misturar música eletrônica com hip hop, rock, forró, e até homenagear o rei do pop, Michael Jackson, com trechos de “Billie Jean” e “Thriller”.

Não precisava ser fã do Black Eyed Peas para conhecer a ligação do quarteto, principalmente de Will.I.Am, com o país. Ao vivo, o rapper reforça seu sentimento pelo povo brasileiro. Ele deixou o público arrepiado ao gritar “Salvador” e “Bahia” várias vezes. No final do show, em um curto depoimento, Will voltou a dizer que vai comprar uma casa no Brasil no próximo ano e quer, realmente, viver no país. Sobre a capital baiana, o líder do quarteto lembrou que veio em 2007 para uma parceria com Carlinhos Brown e espera retornar pela terceira vez em breve.


Outro momento interessante ocorreu durante “Mas Que Nada”, que contou com a participação de 19 dançarinas brasileiras. Nenhuma delas, no entanto, atraiu mais atenção dos marmajos que a exuberante Fergie. A vocalista arrancou suspiros com suas piscadelas e rebolados em músicas como “My humps”, “Fergalicious”, “Glamorous” e “Shut up”.

Seguido de tanta explosão espetacular, o público pôde descansar com os solos de cada membro da banda: Apl.de.ap, Taboo, Will.I.Am e Fergie. Os dois últimos, entretanto, não deixaram os espectadores descansarem nem um minuto.


Os telões ajudavam quem sabia inglês e não sabia a letra de Don’t Lie – mesmo que com um atraso de segundos na projeção das palavras. Shut Up fez com que ninguém ficasse calado. Where’s The Love? tocou os corações apaixonados. Boom Boom Pow deixou todos vidrados na coreografia executada precisamente por quase uma dúzia de dançarinas. Mas, faltava o maior hit de todos. Não deu tempo de perceber que faltava I Gotta Feeling, quando o quarteto lembrou que a energia de todos ainda poderia ser maior – e foi. Regados por uma “chuva” de papel picado – não tão inesquecível como a “chuva” de borboletas coloridas do show do Coldplay em março deste ano, confesso – o público entrou em transe coletivo, sem nenhum esforço grande.

Após duas horas, o quarteto encerrou o show com declarações de amor ao Brasil feitas por Will.i.am. “É a segunda vez que estou em Salvador. Eu gosto do Brasil porque as pessoas são ‘sangue bom”, afirmou o vocalista.


Setlist
Intro
Let’s Get It Stared
Rock That Body
Meet Me Halfway
Alive
Don’t Phunk With My Heart
will.i.am solo
Imma Be
My Humps
Hey Mama
Mas Que Nada
Missing You
Bebot/Mare Apl Solo
Rockin to the Beat Taboo Solo
Fergalicious/Glamorous
Big Girls Don’t Cry Fergie Solo
DJ set will.i.am
Pump It
Don’t Lie
Shut Up
Where is The Love
Showdown/Party All the Time
Boom Boom Pow
I Gotta Feeling

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Viagem ao RJ + Winger + Nick Simper & Doogie White


O Post de hoje é especial e por isso será triplo!!! Como tenho que acabar a retrospectiva 2010 de eventos quais fiz cobertura, então trago para vocês como foi minha viagem ao Rio de Janeiro e na sequência a resenhas dos shows do Winger, Nick Simper e Doogie White.
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 Um pouco de História

Rio de Janeiro, capital do estado homônimo, é a segunda maior metrópole do Brasil, situada no Sudeste do país. Cidade brasileira mais conhecida no exterior, maior rota do turismo internacional no Brasil e principal destino turístico na América Latina e em todo Hemisfério Sul, a capital fluminense funciona como um "espelho", ou "retrato" nacional, seja positiva ou negativamente.


É um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do país, sendo internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e paisagísticos, como o Pão de Açúcar, a estátua do Cristo Redentor (uma dos vencedores da eleição informal das Novas sete maravilhas do mundo), as praias dos bairros de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca (entre outros), o Estádio do Maracanã, o Estádio Olímpico João Havelange, a floresta da Tijuca, a Quinta da Boa Vista, a ilha de Paquetá, o Réveillon de Copacabana e o Carnaval.

Representa o segundo maior PIB do país (e o 30º maior do mundo), estimado em cerca de 140 bilhões de reais (IBGE/2007), e é sede das duas maiores empresas brasileiras - a Petrobras e a Vale, e das principais companhias de petróleo e telefonia do Brasil, além do maior conglomerado de empresas de mídia e comunicações da América Latina, as Organizações Globo. Contemplado por grande número de universidades e institutos, é o segundo maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 17% da produção científica nacional - segundo dados de 2005. Rio de Janeiro é considerada uma cidade global beta - pelo inventário de 2008 da Universidade de Loughborough (GaWC).

Foi capital do Brasil Colônia a partir de 1763, capital do Império Português na época das invasões de Napoleão, capital do Império do Brasil, e capital da República até a inauguração de Brasília, na década de 1960. É também conhecida por Cidade Maravilhosa, e aquele que nela nasce é chamado de carioca.

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Winger - Hard Rock Café - 16.10.2010


No sábado, dia 16 de Outubro, a banda norte-americana Winger fez sua primeira apresentação no Brasil. O grupo liderado pelo baixista e vocalista Kip Winger se apresentou no Hard Rock Café, no Rio de Janeiro, com antigos e novos sucessos para o delírio do público presente.


O show começou às 19 horas, 2 horas depois da abertura da casa. Assim que a platéia percebeu a chegada dos músicos, que foram caminhando até o palco, houve gritos e aplausos. Começaram os primeiros acordes e, de repente, uma interrupção. Kip Winger saudou o público (composto por pessoas de diferentes idades e partes do Brasil) e chamou um dos produtores do show, que explicou que houve um pequeno problema técnico. Os músicos foram aguardar atrás do palco. Em 20 minutos tudo se restabeleceu e eles novamente se posicionaram para o início da apresentação. Enquanto os técnicos davam os últimos ajustes, os mais entendidos em guitarra gritaram para que o guitarrista Reb Beach tocasse “Black Magic”, um de seus grandes sucessos na carreira solo. Reb atendeu a solicitação, tocou as primeiras escalas da música e sorriu. A platéia foi ao delírio.

Resolvidas as questões técnicas, o Winger começou a se apresentar com “Pull Me Under”, seguindo com “Blind Revolution Mad”.


No palco eles têm uma energia incrível e são bem simpáticos . Músicas do disco “In The Heart Of The Young” não faltaram, como “Easy Come, Easy Go”, “You Are The Saint, I´am the Sinner”, “Rainbow In The Rose” e “I Can´t Get Enough” .

Em “Down Incognito”, sucesso do disco “Pull”, Reb Beach mostrou sua versatilidade instrumental tocando uma gaita. Em outro momento do show, seu solo individual na guitarra foi simplesmente devastador. Os fãs ficaram bastante eufóricos durante a performance do “guitar hero”.

No Hard Rock Café a distância do público com o palco é muito pequena. Em vários momentos Kip Winger se aproximou bem do público. Mesmo aqueles que estavam nas laterais puderam ver o ídolo bem de pertinho. Quem estava do lado esquerdo certamente se emocionou quando o viu tocar “Miles Away” no teclado. 




Outro que demonstrou muita técnica e vigor ao vivo é o baterista Rod Morgenstein. Seu solo e a performance durante toda a apresentação foram impressionantes . O guitarrista John Roth também não deixa a desejar em termo de qualidade. Teve bastante presença de palco e foi aplaudido nos solos.

O show do Winger no Rio de Janeiro foi um momento memorável para os fãs do bom e velho hard rock, apesar de muitos reclamarem da ausência de músicas como “Hungry” e “Poison Angel” no set list. No final da apresentação, os músicos atenderam aos vários pedidos de fotos e autógrafos para a alegria da platéia presente. Provando que a banda está há tanto tempo na estrada devido ao talento e simplicidade com o público, que já aguarda ansioso pela volta de Kip, Reb, John e Rod em terras brasileiras.


Setlist


Pull Me Under
Blind Revolution Mad
Easy Come, Easy Go
Stone Cold Killer
Rainbow in the Rose
Deal with the Devil
Down Incognito
Your Great Escape 
Solo de Guitarra (Reb) 
You Are The Saint, I am The Sinner 
Solo de Bateria (Rod) 
Headed for a Heartbreak
Can´t Get Enough
Seventeen 
Bis:
Miles Away
Madalaine
Helter Skelter
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Nick Simper & Doogie White


Aí, domingo chega, eis que surge a boa dica pro final de domingo: Nick Simper e Doogie White na Lapa.  O primeiro foi baixista do Deep Purple em sua formação original, sendo, inclusive, um dos fundadores da banda. O segundo foi vocalista das bandas Rainbow, Malmsteen, Tank e Conerstone. Vamos nessa, pensei logo, vou tirar a forra. 


Chegando no Rio Rock & Blues, uma casa pequena e simpática, fui logo providenciando uma cervejinha e sentindo o clima do lugar. Com a pouca divulgação do evento o público presente era bem restrito. Mas os poucos que estavam lá, papeando e tomando umas cervas enquanto esperavam o início do show, eram de uma turma que acima de tudo curte um bom rock and roll e que achou o máximo quando Doogie White passou numa boa pelas mesinhas a caminho do camarim e na maior simpatia atendeu pedidos de autógrafos e fotos. Ninguém ali pareceu se importar muito com o baita atraso de mais de três horas, também pudera, rolava música boa de fundo, galera roqueira num bom papo esperando um bom show... o que mais se poderia pedir para um final de domingo?
 
O que posso dizer, apesar de um atraso de mais de 3 horas (o que está ficando insuportável em shows aqui no Rio, devido as casas não colocarem o horário real de entrada nos ingressos, para assim, fazer com que o publico entre sempre mais cedo e consuma a preço exorbitante sua bebida e comida) Os shows foram maravilhosos!


Passando das 22:00, Doogie White subiu ao palco e deu início ao seu set com "Wolf to the Moon" do Rainbow, emendou "Black Masquerade" e "Ariel" do Rainbow, deixando o público animado. Depois vieram "When the Hammer Falls" e "Midnight in Tokyo" do Cornerstone e "Manic Messiah" do Empire. Fechando o set, ofereceu pra galera "Don´t Talk To Strangers", em homenagem a Ronnie James Dio. Foi um set curto, mas bacana, o vocalista escocês é divertido e carismático e mostrou que ainda manda bem nos vocais.

Com uma banda muito afiada, o destaque foi pra Bruno Sá que já vem despontando há algum tempo como um dos melhores tecladistas brasileiros na ativa.
O som estava muito bom, mas o operador da casa deu umas vaciladas o que deixou Doggie White um pouco tenso na metade do show mas nada que tirasse seu bom humor para com o publico, até fazendo piadas disso.


Depois de um pequeno intervalo, Nick Simper subiu ao palco e detonou músicas da primeira fase do Deep Purple, também chamada de MKI. Começou com a instrumental "And The Address" onde pôde mostrar bem sua técnica no baixo. Doogie então voltou ao palco para levarem juntos “The Painter", "Mandrake Root", "Emmaretta", "Chasing Shadows", "Lalena", "Wring That Neck", "The Bird Has Flown", "Why Didn’t Rosemary" e "Kentucky Woman".

Pra mim o mais impressionante era ver como Nick Simper ainda toca muito! A galera gritava o nome de Simpler, um coroa simpatico, tremendo baixista e que passou o show inteiro sorrindo, curtindo estar ali tocando para um público que, apesar de bem pequeno, era animado e conhecedor do repertório. No bis, voltaram com “Hush” o que levou o público ao delírio. Pena ele ter vindo apenas com o show do MKI, fiquei com um gostinho de ouvir coisas do “Warhorse” ou até do Fandango..mas fica pra próxima, e assim terminaram um ótimo show de rock. Belo final de domingo.



Setlist:

1a. parte – Doogie White
1. Wolf to the Moon
2. When the Hammer Falls
3. Black Masquerade
4. Manic Messiah
5. Ariel
6. Midnight in Tokyo
7. Don´t Talk To Strangers (Cover Dio) 
2a. Parte – Nick Simper & Doogie White
8. And The Address
9. The Painter
10. Mandrake Root
11. Emmaretta
12. Chasing Shadows
13. Lalena
14. Wring That Neck
15. The Bird Has Flown
16. Why Didn’t Rosemary
17. Kentucky Woman
18. Hush
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Luiz Caldas - Maldição - O Show


No dia 18 de setembro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, o público baiano teve a oportunidade de assistir ao Maldição, que foi o nome do show de rock de Luiz Caldas. Isso mesmo. O pai do Axé mostrou seu lado roqueiro para quem não conhecia. O show foi a junção do teatro com a ópera rock, no qual houve a caracterização com o uso de maquiagem. Vinte e uma músicas inéditas fizeram parte, sendo de autoria do próprio Luiz Caldas. Todas constam no CD Castelo de Gelo, que contém a música Maldição, e Antídoto, que ainda será lançado.
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Excelente instrumentista, Luiz Caldas mostrou, mais uma vez, o seu talento, nos brindando com um rock de qualidade. Impressionante é ver um artista enveredando por um estilo totalmente oposto do que o consagrou, e fazer com excelência. Quem não foi, perdeu uma ótima oportunidade de ver um show não só de música, mas também de cenografia, figurino e maquiagem, com atuação discreta de atores.

O show começou com um atraso de mais de meia hora, após todo o ato que antecedeu a entrada da banda foram deflagrados os acordes de "Maldição", a principal música de trabalho do álbum "Castelo de Gelo" e que intitula o espetáculo, mas a voz de Luiz não funcionava e depois que começou a funcionar, ficou ruim até o final do espetáculo, com oscilações de efeitos e altura, a banda de apoio que também estava devidamente caracterizada, deixou a desejar nos quesitos entrosamento - o que é comum em bandas de apoio - e execução técnica de seus instrumentos, mas todos esses problemas foram camuflados pela estrela da noite que executou seu instrumento com extrema perfeição, fúria, frustração e decepção, pois o maior problema da noite não foi o atraso, a voz, a banda de apoio, e sim o enfadonho e frio público presente no local. 


Uma platéia formada por patricinhas, amigos em gerais do artista, parentes, perdidos e umas dúzias de quem realmente parecia ter ido para ver o show, sendo assim o que era para ser um puta show de rock - de rock sim senhor -, lotado de headbangers e metaleiros, sem camisas, com suas tatuagens suadas, tomando cerveja, não passou de um público que ocupou pouco mais da metade do centro da Concha e que assistiu todo o espetáculo absolutamente sentados, imóveis em seu locais, como se assistissem num barzinho a um voz e violão, enquanto Luiz esporrava solos quilométricos à lá Van Halen, Pantera, Rush, Megadeth, Ted Nugent etc e executava boas pegadas thrash e bons hardcores como o da música "É Putaria", que dá um tapa na cara do ouvinte, utilizando cada centímetros e todos elementos de seu instrumento de trabalho.

O show teve duração de aproximadamente uma hora e meia com um repertório realmente de rock, nada é perfeito (excetuando-se o cenário, iluminação e execução do instrumento por parte do Zumbi Rei), então algumas canções são baladinhas de rock, na qual se aproveita os solos e as letras, mas isso se torna perfeitamente tolerável ao se ouvir outras seis ou oito músicas que são porradas na orelha e os instrumentais contendo solos lisérgicos do criador do Axé Music.

Finalmente a Bahia ganha uma superprodução rock, com riqueza de detalhes e bom gosto, proporcionada por quem alia competência e versatilidade.


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sábado, 15 de janeiro de 2011

Festival da Cultura Japonesa – XIX Bon Odori em Salvador


O Festival da Cultura Japonesa – XIX Bon Odori em Salvador é um evento popular com diversas atividades culturais. É realizado pela Anisa e conta com o apoio do Governo do Estado da Bahia e da Prefeitura de Salvador. A edição de 2010 contou com atrações inéditas, como o grupo da Federação Paulista de Sumô (luta de origem japonesa) e o grupo do Ryukyu Noku Matsuri Daiko Brasil, tocadores de taikô (tambor japonês) do estilo da província de Okinawa. Houve também a exibição e oficinas de pipas do famoso Engenheiro de Pipas, Ken Yamazato, de São Paulo. Os espaços foram divididos em: Exposições e Oficinas, Colônias, Artístico/Cultural, Gourmet e de Esportes.
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História: O Bon Odori na verdade é um festival anual que ocorre no Japão na época do verão, entre julho e agosto (verão nórdico), sempre após o pôr do sol. Como é uma festa para celebrar a alma dos antepassados, o Bon começa à noite, porque os japoneses acreditam que é apenas neste período que os espíritos aparecem.

Embora seja comemorado pelos japoneses, o Bon é um festival de origem chinesa com tradições budistas, onde todos dançam juntos e carregam lanternas acesas, como forma de exaltar a sabedoria de seus ascendentes. A comemoração serve também para que famílias se reencontrem ao menos uma vez ao ano. No Brasil os imigrantes japoneses e seus descendentes comemoram o Bon Odori em vários estados, como São Paulo, Bahia, Pernambuco, Brasília e outros.


 

Nos dias 28 e 29 de agosto (sábado e domingo) de 2010, a Associação Nipo-Brasileira de Salvador (ANISA) promoveu o XIX Bon Odori, repleto de atrações vindas de variados estados do Brasil, para disseminar os costumes antigos vindos do Japão. O evento aconteceu na Associação Atlética Banco do Brasil da cidade, no bairro de Piatã. A entrada foi a preço popular (R$ 5,00) e posso dizer, que o lugar lotou: com uma vasta área de estacionamento, ainda existiam pessoas procurando onde pôr seus carros. A decoração estava linda, a caracterização dos visitantes e participantes foi de encher os olhos.

O Festival contou com duas praças de alimentação, onde foi possível encontrar desde udon, yakisoba e sushi até tempurá e tortas variadas, tudo muito organizado, apesar de o grande fluxo de pessoas ter feito sumir, de uma hora para outra, cadeiras e mesas. Os estandes foram distribuídos atrás do campo de futebol, o qual foi usado para a dança típica japonesa Bon Odori, que fechou o evento nos dois dias. Lá foi possível encontrar guloseimas, bebidas, ingredientes para culinária, lojas de cultura pop japonesa, origami, massagem e shiatsu, mangás, tudo made in Nihon. Até mesmo a antiga lenda Tanabata, em que você escreve seu pedido num papel colorido e o prende a um bambu (tendo o prazo de um ano para a realização do mesmo), fez parte da festa.

 
No palco principal, o público assistiu a costumes típicos como o episódio de dança Odori, realizada por Juliana Izu; as apresentações de Para-Para e Matsuri Dance, feitas pelo grupo Para2Dise e pelas bandas Shadoc e Bakanow respectivamente; além de taiko, karaokê, sumô, kenjutsu e o teatro cosplay, que contou com a apresentação do conhecido grupo comediante Ambu de Elite e muitas outras atrações. 

Quando a noite caiu, todos se reuniram para a dançar o Bon Odori. Com a ajuda de belas moças nipo-descendentes, vestidas em seus quimonos impecáveis, os espectadores puderam participar ativamente daquele momento único e tão esperado, que indicou o quão bem-sucedidos foram aqueles dois dias. E esperamos que o festival de 2011 seja tão bom ou melhor que este, e quanto a mim, espero apenas que continue sendo na AABB perto para que eu possa ficar mais tempo e aproveitar até a última gota de uma comemoração tão linda e rica de cultura.

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Angra - Aqua World Tour Salvador 2010


A banda paulista Angra, considerada pela crítica especializada o maior nome do Metal do Brasil, fez o show de lançamento do seu sétimo álbum de estúdio, Aqua, no Bahia Café Hall (Paralela), dia 28 de agosto (sábado), às 19h. Quem dividiu o palco com o grupo paulista foi a banda baiana Minus Blindness, que acabou de gravar seu segundo disco “Vile Veil”. O Bahia Rock Festival, evento promovido pela Dendê Produções, Base Dois e Resumo, agitou o cenário rock soteropolitano, trazendo novamente ao estado a banda brasileira que é consagrada em todo o planeta.
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Desde 2006 sem virem à Salvador, o Angra voltou as terras soteropolitanas para lembrar que aqui não existe só Axé. Evento foi pontual, abriu os portões em meados de 19:00 Público muito agitado, muita gente do interior da Bahia veio para Salvador só para assistir esse show.

Logo na entrada, avistava-se um stand com merchan da banda, camisas e cds com preços a partir de R$ 10, feito com objetivo de diminuir a pirataria e quem quisesse levar material original da banda.

Precisamente, ás 20:00, sobe ao palco a Minus Blindness. Banda ja com um certo nome no cenário Metal de Salvador, demonstrou que Metal não é feito só de cabelos balançando e sim de MUITA técnica! Além de tocarem um bom Trash / Death Metal Moderno, eles distribuiram seu EP antigo para o público, jogando a todo momento! A Minus tocou músicas de seu CD que está em processo de gravação, algumas antigas e cover consagrados na história do metal!

Entre os covers, tocaram Metallica, Sepultura e fizeram uma grande homenagem ao falecido Dio!

Poucos minutos depois, por volta das 22:30 o Angra entra em palco! A impactante intro “Viderunt Te Aquæ” com a sequência imediata de “Arising Thunder” surtiram um excelente efeito ao vivo e mostraram que a banda estava realmente de volta e na sua melhor forma. O show seguiu com alguns clássicos da primeira formação como “Angels Cry” e “Silence And Distance”, sendo executados de forma brilhante pelo vocalista Edu Falaschi, que aproveitou para interagir e agradecer ao público que sempre os receberam tão bem em Salvador. 


Após a execução de “Deus Le Volt” e “Spread Your Fire”, é a vez de mais uma faixa do “Aqua” - “The Rage Of The Waters”, que vem sendo considerada uma das melhores do novo álbum. Na sequência, “Heroes Of Sand”, uma das preferidas dos fãs e considerada por muitos como uma das melhores do show, com uma performance arrasadora de Edu Falaschi. Fechando a primeira parte, “The Voice Commanding You”, do álbum anterior “Aurora Consurgens”.  

O grupo inicia o set acústico com “Wishing Well” do quinto disco “Temple Of Shadows”. Essa parte do show mostra os integrantes de forma mais intimista e descontraída. Mesmo assim, a maioria concorda que “Late Redemption” é sempre um dos momentos mais bonitos, principalmente quando o público canta os versos de Milton Nascimento. Finalizando o acústico, “Bleeding Heart”, com uma grande participação dos fãs.
 
As vozes do público formavam um imenso coral, podia ver pela cara da banda a felicidade de estar aqui mais uma vez! Apesar de só terem tocado 3 músicas novas, o público não deixou a desejar, muita gente ja sabia as letras de cor e salteado. Presença de palco incrível, banda incrível, show incrível!


Voltando ao palco para a parte final do show, é a vez de “Lisbon”, do álbum “Fireworks”, que Falaschi vem conduzindo com muita personalidade. Na sequência, mais uma inédita - “Awake From Darkness”, seguida de “Rebirth”, do disco homônimo, “Crossing” e “Nothing To Say”, do “Holy Land”. Finalizando, “Carry On”/”Nova Era” interligadas, como a banda já vinha fazendo nos shows anteriores, e “Gate XIII” no encerramento.

Com um set list bem variado, abrangendo toda a carreira do grupo em um show que mostrou o total entrosamento entre os músicos, visivelmente felizes pela superação de um período difícil, pelo retorno à estrada, e principalmente, pelo lançamento de mais um disco marcante em sua carreira.

Setlist
Viderunt Te Aquæ
Arising Thunder
Angels Cry
Silence And Distance
Waiting Silence
Deus Le Volt!
Spread Your Fire
The Rage Of The Waters
Heroes Of Sand
The Voice Commanding You
Wishing Well (acústica)
Late Redemption (acústica)
Bleeding Heart (acústica)
Lisbon
Awake From Darkness
Rebirth
Crossing
Nothing To Say
Carry On/Nova Era
Gate XIII
 
Line Up:
Edu Falaschi – Vocal
Kiko Loureiro – Guitarra
Rafael Bittencourt – Guitarra
Felipe Andreoli – Baixo
Ricardo Confessori – Bateria
Daniel Santos – Teclado (convidado)


Fotos

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TV LobuS

Como assistir? 1) Baixe o Veetle Player. O player roda nos seguintes sistemas operacionais: Windows 7, XP, Vista, 2000, 98; MAC OS; Linux. Para baixar, acesse: