No dia 18 de setembro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, o público baiano teve a oportunidade de assistir ao Maldição, que foi o nome do show de rock de Luiz Caldas. Isso mesmo. O pai do Axé mostrou seu lado roqueiro para quem não conhecia. O show foi a junção do teatro com a ópera rock, no qual houve a caracterização com o uso de maquiagem. Vinte e uma músicas inéditas fizeram parte, sendo de autoria do próprio Luiz Caldas. Todas constam no CD Castelo de Gelo, que contém a música Maldição, e Antídoto, que ainda será lançado.
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Excelente instrumentista, Luiz Caldas mostrou, mais uma vez, o seu talento, nos brindando com um rock de qualidade. Impressionante é ver um artista enveredando por um estilo totalmente oposto do que o consagrou, e fazer com excelência. Quem não foi, perdeu uma ótima oportunidade de ver um show não só de música, mas também de cenografia, figurino e maquiagem, com atuação discreta de atores.
O show começou com um atraso de mais de meia hora, após todo o ato que antecedeu a entrada da banda foram deflagrados os acordes de "Maldição", a principal música de trabalho do álbum "Castelo de Gelo" e que intitula o espetáculo, mas a voz de Luiz não funcionava e depois que começou a funcionar, ficou ruim até o final do espetáculo, com oscilações de efeitos e altura, a banda de apoio que também estava devidamente caracterizada, deixou a desejar nos quesitos entrosamento - o que é comum em bandas de apoio - e execução técnica de seus instrumentos, mas todos esses problemas foram camuflados pela estrela da noite que executou seu instrumento com extrema perfeição, fúria, frustração e decepção, pois o maior problema da noite não foi o atraso, a voz, a banda de apoio, e sim o enfadonho e frio público presente no local.
O show começou com um atraso de mais de meia hora, após todo o ato que antecedeu a entrada da banda foram deflagrados os acordes de "Maldição", a principal música de trabalho do álbum "Castelo de Gelo" e que intitula o espetáculo, mas a voz de Luiz não funcionava e depois que começou a funcionar, ficou ruim até o final do espetáculo, com oscilações de efeitos e altura, a banda de apoio que também estava devidamente caracterizada, deixou a desejar nos quesitos entrosamento - o que é comum em bandas de apoio - e execução técnica de seus instrumentos, mas todos esses problemas foram camuflados pela estrela da noite que executou seu instrumento com extrema perfeição, fúria, frustração e decepção, pois o maior problema da noite não foi o atraso, a voz, a banda de apoio, e sim o enfadonho e frio público presente no local.
Uma platéia formada por patricinhas, amigos em gerais do artista, parentes, perdidos e umas dúzias de quem realmente parecia ter ido para ver o show, sendo assim o que era para ser um puta show de rock - de rock sim senhor -, lotado de headbangers e metaleiros, sem camisas, com suas tatuagens suadas, tomando cerveja, não passou de um público que ocupou pouco mais da metade do centro da Concha e que assistiu todo o espetáculo absolutamente sentados, imóveis em seu locais, como se assistissem num barzinho a um voz e violão, enquanto Luiz esporrava solos quilométricos à lá Van Halen, Pantera, Rush, Megadeth, Ted Nugent etc e executava boas pegadas thrash e bons hardcores como o da música "É Putaria", que dá um tapa na cara do ouvinte, utilizando cada centímetros e todos elementos de seu instrumento de trabalho.
O show teve duração de aproximadamente uma hora e meia com um repertório realmente de rock, nada é perfeito (excetuando-se o cenário, iluminação e execução do instrumento por parte do Zumbi Rei), então algumas canções são baladinhas de rock, na qual se aproveita os solos e as letras, mas isso se torna perfeitamente tolerável ao se ouvir outras seis ou oito músicas que são porradas na orelha e os instrumentais contendo solos lisérgicos do criador do Axé Music.
Finalmente a Bahia ganha uma superprodução rock, com riqueza de detalhes e bom gosto, proporcionada por quem alia competência e versatilidade.
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