Festival Alternativo Palco do Rock. Um dos mais expressivos festivais de rock independente do Brasil surgiu da iniciativa de músicos do estilo que reivindicavam um espaço no carnaval baiano. O festival seguiu sua linha tradicional e aconteceu entre 05 e 08 de março, durante a folia carnavalesca do Brasil. Foi no mesmo lugar de sempre: o Coqueiral de Piatã. Rock and Roll à beira-mar em uma das mais belas praias de Salvador e começou às 17 horas na arena de shows.
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Com um público estimado em 30 mil pessoas nos 4 dias de evento, encerrou-se em 08/03 a 17º edição do Palco do Rock. Mas nem tudo são flores, no 1º dia do evento a empresa contratada para montagem do palco atrasou a mesma, o que culminou com que as bandas desse dia tivessem seu repertório capado.
Falando sobre as bandas, a equipe do Blog esteve presente em 3 dos 4 dias do evento. Vamos a resenha de um por uma.
1º Dia - Norfist (Lauro de Freitas/BA) - Templarius - Siege of Hate (CE) - Cama de Jornal (Vitória da Conquista / BA) - Álvaro Assmar - Malefactor - Pastel de Miolos (Lauro de Freitas / BA) - Acanon
A Norfist, fez um show competente mesclando seu punk hardcore, mas por problemas técnicos do som que horas o PA direito funcionava, oras parava e problemas na caixa da guitarra, não pode apresentar o seu melhor. Mostraram suas músicas e uma homenagem a Banda Olho Seco.
Após 10 minutos, sobe ao palco a Templarius, banda que estava lançando seu clipe. A banda é boa, tem músicos excelentes, mas o que falar da sua vocalista, que além de muito bonita não tem alcance vocal? O show estava transcorrendo muito bem, quando inventaram de fazer um cover em versão Metal de "Un-Break My Heart" da Tony Braxton uma cagada sem tamanho. Depois inventaram de tocar Iron Maiden, e aí foi o fim da picada, totalmente sem voz para tal, Assassiram "Aces High", "Flight Of Icarus". Me da muita raiva de bandas que ensaiam e fazem esta merda. Para não dizer que o show foi de todo ruim, a música do clipe, ficou muito bem ao vivo.
Em seguida, foi a vez da Siege Of Hate, cansado por ter chegado cedo, não acompanhei o show direito e também a da Cama de Jornal na seqüência.
Após a Cama de Jornal, o excelente Bluesman Alvaro Assmar começa seu show. Muito competente fez um show curto, porém, muito bom para mostrar que temos na cidade um grande músico a la Mississipi (EUA). O ponto alto foi o cover de Black Sabatth, muitíssimo bem feito.
Então, após uns 15 minutos, umas das bandas mais aguardadas, sobe ao palco. A Malefactor, também com show curto por conta do atraso no inicio do evento, teve que picotar seu set. Ponto alto foi a música nova, "Crom", um excelente tema medieval e um tributo a Dio.
Bom, com raiva por tanta incompetência em relação aos atrasos, após o show da Malefactor, fui embora pois teria que enfrentar uma longa jornada de engarrafamento para retornar a minha casa.
3º Dia - Chip Trio - Incrédula - NôNEIME (Valente / BA) - Ulo Selvagem - Baranga (SP) - Claustrofobia (SP) - Riverdies (RJ) - Human (Santa Bárbara / BA)
Neste dia, Infelizmente por morar na área do carnaval fiquei impedido pelo engarrafamento de ver os shows da Chip Trio e da Incrédula. Os shows não foram prejudicados, pois não houve atraso. A NôNÊIME (Valente/BA) mostrou seu pop rock vigoroso e cheio de reflexões, não deixando o público descançar um só momento.
Após um pequeno intervalo, a Ulo Selvagem, banda qual pertence Sandra (presidente da ACCR) demonstra que ainda tem muito sangue e brio para continuar a tocar por muito tempo. Com seu hardcore crossover rápido, guitarras pesadas e vastas influências de Thrash Metal e Punk Rock, fez o palco do rock subir poeira com as rodas punk.
Chega a vez da Baranga (SP), mais uma estreante no palco do rock, fez um show coeso e sem firula, porém onão conseguiu aquecer o público. Tenho para mim que a falta de divulgação ou pouca divulgação da banda pelo nordeste, fez com que poucas pessoas conhecerem o trabalho da mesma. Espero um retorno em breve.
Após mais um intervalo, eis que surge a banda mais experiente da noite, Claustrofobia (SP). Com seu Thrash/Death Metal, trouxe uma multidão que estava na área de camping e pelas barracas para a frente o palco. Sua devastação sonora, que não deve em nada para as bandas gringas, transformou o local em um palco de guerra, sem qualquer violência. Após um longe tempo sem tocar em Salvador, os paulistas vieram com sangue no olho e mandou seus petardos quase sem parar. Para seu 1º show em 2011, foi simplesmente espetacular.
Mais uma vez, não pude ficar para as ultimas bandas, pelo velho motivo do engarrafamento. Segui pra casa para um merecido descanso.
4º Dia - Attemporais - Código Remoto - Fridha - Minus Blindness - Trampa (DF) - Velhas Virgens (SP) - Clube de Patifes (Feira de Santana / BA) - Act Of Revenge
É chegado o último dia de shows do Palco do Rock 2011. Há tempos venho percebendo que o derradeiro dia, é sempre bem cheio, e neste ano não foi diferente. Resolvi sair um pouco tarde de casa, evitando assim o terrível engarrafamento, portanto não peguei o show da Attemporais. Prosseguindo, em compensação, pude ver o show da grande concorrente a Banda Revelação, a Código Remoto. Vencedora da Oficina, com seu Metal Alternativo, mostrou bastante qualidade e desenvoltura, para uma banda com pouco tempo de estrada.
Na seqüência, mais uma grande favorita a Banda Revelação, a Fridha. Com seu rock n roll cantado em bom português, conseguiu manter o publico agitado e fizeram um show muito bem feito. Taí uma banda que que uma boa produção, pode figurar na MTV. Destaque para o cover do Planet Hemp, que fez a galera relembrar os bons tempos do Hardcore Brasileiro.
Chega a vez da Minus Blindness, figurinha carimbada dos mais recentes shows de Metal em Salvador. Por conta de problemas com o baterista, a banda fez mais um show tributo, ou seja, recheado de covers. Por causa disso, só conseguiu atrair atenção do público quando distribuia seus EP´s e no cover do Metallica e fim de papo.
Um pouco de descanso e já está no palco outra estreante, a Trampa (DF). Confesso que nunca tinha ouvido nem falar desta banda, mas por conta do show deles fui a caça de material. Me surpreendi com a excelente qualidade da banda. Com fortes influências do Grunge, a banda brasiliense sente-se à vontade para experimentar mais sonoridades e alternar o peso com músicas mais melódicas e baladas. Destaque para o maravilhoso cover de Haiti, composição de Gil e Caetano, feito em versão rock. Espero que dentro em breve a volta para um show solo, pois foi muito pouco.
Já passava das 23:00, quando sobe ao palco, a Velhas Virgens. Assim que começa a tocar uma multidão se aglomera para curtir o show. Com seu blues-rock e temática voltada para o sexo e bebida, deixa o publico totalmente louco com um clássico atrás do outro. Paulão e Juliana (vocais), demonstram um perfeito entrosamento e interatividade com os presentes. Acho que o tempo longe de salvador, só fez crescer a vontade de todos que ali estavam para ver ver e ouvir a banda. As musicas eram cantadas em uníssono. Após 25 anos de carreira, a Velhas Virgens continua animando de adolescentes a idosos. Após cerca de 1h40 min, a banda se despede deixando uma vontade de quero mais e demonstrando que é uma favorita a Destaque do Palco do Rock 2011.
Por conta da entrevista com as Velhas Virgens, não pude acompanhar o Show do Clube de Patifes e da Act Of Revenge. Espero que Palco do Rock 2012 mantenha a qualidade dos deste e dos ultimos anos, pois isso só faz crescer o número de pessoas que fazem questão de estar longe do Carnaval Bagaceira de Salvador.
Agradecimentos a ACCR-BA, na pessoa de Sandra (Presidente) pelo apoio e um especial a minha amiga e grande fotógrafa Ana Prado, por eternizar estes momentos com seu magnífico trabalho. Valewz!!!
Agradecimentos a ACCR-BA, na pessoa de Sandra (Presidente) pelo apoio e um especial a minha amiga e grande fotógrafa Ana Prado, por eternizar estes momentos com seu magnífico trabalho. Valewz!!!
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Bela matéria muito boa mesmo,e a mensagem que Paulão deixou no final era tudo que uma banda que começa no underground e depois se vende deveria falar.
ResponderExcluirFilé O blog. Muito bom as materias. Parabéns.
ResponderExcluir=D
ResponderExcluirAo ler a matéria eu não pude deixar de observar que a banda Código Remoto é citada como a vencedora do oficina.Com todo respeito a banda Código Remoto,mas vencedora do oficina foi a Human,quem esteve no Teatro Solar Boa Vista durante a seleção,no dia 05/02,pode ver a banda Human ser eleita a primeira colocada na oficina Palco Do Rock 2011.
ResponderExcluirPassando apenas pra esclarecer esse fato e para parabenizar o blog pela ótima matéria.
Muito bom o blog,a filmagem e as entrevistas
ResponderExcluirOlá Cycero!
ResponderExcluirBem legal sua resenha, rápida e objetiva, porém, gostaria de ressaltar uma colocação sua. A incompetência por parte dos atrasoes, vc mesmo que já trabalhou na SALTUR, deveria saber que não partiu da gente. A equipe de estruturas, contratada pela mesma, foi quem deu um baita trabalho pra gente, terminando de montar as mesmas no DIA do evento. O atraso só se deu por causa disso, pois sem determinadas estruturas, o som e a luz ficaram prejudicados em sua montagem. E o set da Malefactor não foi prejudicado em nada, aliás, nenhuma banda. Todas tocaram os 40min previstos no regimento interno do evento. Se puder fazer uma ressalva em sua resenha, agradecerei!
Aproveitando o ensejo, Rafael, já falei isso em uma oportunidade não sei se pra você, mas o oficina não tem 1º, 2º ou 3º lugar. TODAS são vencedoras, e foram anunciadas na locução do evento como tais.
abraços!
Gabriel Amorim
Vice Presidente ACCRBA